quinta-feira, 26 de maio de 2011

III CONCLADIN

Inauguramos mais um laço!!!
Um abraço ensolarado aos amigos do Catavento, Grupo de Estudos da Unesp Araraquara.
E desse abraço surge um novo estudo... nascido carinhosamente para a III CONCLADIN, III Conferência Internacional do Centro de Estudos das Culturas e Línguas Africanas e da Diáspora Negra.



“Estudos para Rosa” é uma coleção de pequenas coreografias sobre a relação da mulher com a terra e com a sua sexualidade. Cada coreografia é independente e tem por objetivo estudar a pluralidade dos aspectos a serem reunidos no espetáculo para caixa preta "Rosa".
Nesse estudo, “África para Dentro”, especialmente composto para o III CONCLADIN, existe uma busca interna em cada um dos corpos que dançam como caminho para percorrer a África, observando o diálogo do corpo com seu entorno. O olhar para o continente de forte influência na formação do povo brasileiro é um olhar profundo sobre a trajetória do movimento corpóreo, através do passar do tempo, com o trilhar das histórias de vida.
Com concepção de Moema Guimarães, as intérpretes criadoras Dany Gianotti, Hiadine Corrêa e Neila Andrade mergulham nesse caminhar interno, olhando para fora, utilizando elementos da oralidade como a música do grupo belga/Congo Zap Mama e o mito sobre a origem da água e dos alimentos, contado entre o povo Ashanti, antigo Império na África Central que se estendia da Gana central para o Togo dos dias atuais e Costa do Marfim.
Buscando o diálogo com o próprio corpo e com o ancestral, o estudo de movimento foi feito a partir da movimentação dos animais, do estar em ninhada, do momento da fêmea com a cria, do corpo da fêmea, de danças e rituais em círculos e do tato e contato com o corpo do outro ser.

O cerne desse estudo consiste em como instinto e cultura se entrelaçam tendo como feixe o “ser fêmea”, e nesse diálogo as individualidades caminham banhadas pela fertilidade e sentimento; vivenciando o “dar as mãos” como celebração de existência em comunidade, olhando o passado num fazer presente de seres vivos e como um clamar pela essência de ser humano.


Para dentro do “ser fêmea”, e esse “ser” para dentro dos outros seres, são carnes emaranhadas, são vidas dependentes, umas das outras.

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